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13/03/2024

Infecção Cruzada em Hospitais: Um Perigo Invisível

Em um ambiente hospitalar, onde a vida e a saúde são a principal preocupação, surge um perigo invisível: a infecção cruzada. Essa ameaça silenciosa se refere à contração de uma infecção durante a internação ou tratamento em um hospital, que não estava presente no momento da admissão. A infecção cruzada pode ser transmitida de diversas maneiras, como:

1. Contato direto:

  • Mãos contaminadas: A principal via de transmissão, seja por profissionais da saúde ou visitantes, que podem carregar microrganismos de um paciente para outro.
  • Contato com superfícies contaminadas: Equipamentos médicos, leitos, maçanetas e outros objetos podem ser vetores de patógenos.
  • Contato com secreções corporais: Fluidos como sangue, saliva e secreções respiratórias podem conter agentes infecciosos.

2. Contato indireto:

  • Gotículas respiratórias: Ao tossir ou espirrar, gotículas expelidas podem transportar microrganismos para outros indivíduos.
  • Ar contaminado: Em ambientes com ventilação inadequada, patógenos podem se propagar pelo ar.
  • Instrumentais médicos mal esterilizados: Agulhas, bisturis e outros instrumentos podem transmitir patógenos se não forem devidamente esterilizados.

Fatores de risco:

  • Pacientes com sistema imunológico debilitado: Idosos, crianças, pacientes em tratamento quimioterápico ou com doenças crônicas são mais suscetíveis a infecções.
  • Procedimentos invasivos: Cirurgias, intubação, uso de cateteres e outros procedimentos invasivos aumentam o risco de infecção.
  • Superlotação: Ambientes hospitalares lotados dificultam a higiene e o controle de infecções.

As infecções cruzadas podem ter consequências graves, como:

  • Aumento do tempo de internação: Prolongando o sofrimento do paciente e elevando os custos hospitalares.
  • Resistência a antibióticos: O uso excessivo de antibióticos para tratar infecções pode levar à resistência bacteriana, um problema de saúde pública global.
  • Sepse: Uma resposta inflamatória grave à infecção que pode levar à morte.
  • Morte: Em casos graves, a infecção cruzada pode levar ao óbito do paciente.

A prevenção da infecção cruzada é fundamental para garantir a segurança dos pacientes em ambientes hospitalares. Algumas medidas essenciais incluem:

  • Higienização das mãos: Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel frequentemente é a principal medida de prevenção.
  • Isolamento de pacientes: Pacientes com doenças transmissíveis devem ser isolados em quartos específicos.
  • Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Profissionais da saúde devem usar EPIs como máscaras, luvas e aventais ao cuidar de pacientes com doenças transmissíveis.
  • Limpeza e desinfecção rigorosa do ambiente: Superfícies e equipamentos devem ser limpos e desinfetados regularmente com produtos adequados.
  • Educação e treinamento: Profissionais da saúde e pacientes devem ser educados sobre a importância da prevenção da infecção cruzada.

A luta contra a infecção cruzada em hospitais exige um esforço conjunto de profissionais da saúde, pacientes e gestores. Através da implementação de medidas eficazes de prevenção e controle, podemos garantir a segurança dos pacientes e reduzir o risco de infecções hospitalares.

Referências:

Ministério da Saúde - Infecção Hospitalar:  https://www.gov.br/anvisa/pt-br
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária: https://www.gov.br/anvisa/pt-br
Sociedade Brasileira de Infectologia: https://www.sbi.org.br/